sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Meu amigo

Meu amigo,

Ando tão cansada da vida. Sim, pois sim. Não consigo mais me adaptar, vejo coisas belas por algum tempo e noutro já vejo tudo preto e branco. Não que o preto e branco não seja bonito, na verdade eu gosto da companhia do preto e braco muitas vezes. E as coisas belas têm sido vistas pela primeira vez. Mas entende que eu já não consigo ficar presa a certos costumes!?

Me dei conta disso nesse último mês. Eu já não sou quem eu era. Obrigada por ter me ajudado a encontrar quem eu realmente sou e aos poucos ir demonstrando isso ao mundo, mas entende que isso também é doloroso e fico perdida e confusa na maior parte do tempo!?

Porque o meu habitat é muito confuso. O meu habitat não me quer como rosa, somente como botão. Não me quer como borboleta, somente como pupa. E eu não aguento mais esse casulo feio e sem graça no qual eu vivo.

Tantas cores bonitas, tantas pessoas bonitas. Tanta vida. Tanta vida.

Por quanto tempo eu dormi!? Por que essa mania de esquecer de mim tantas vezes e por que não posso ser simplesmente eu, entende!?

Não sou compreendida, quando tento me expressar consigo afastar muito amor de mim e esse amor me faz bem e eu não quero afastar esse amor de amigos, como você é e foi pra mim no momento em que me deu a mão e me disse 'vamos'.

O produto final será recompensador, eu sei, se eu começar a viver agora. O pior é que eu sei quem eu quero ser e eu quero viver da arte e eu sinto falta da arte em todos os momentos porque é isso o que é a minha vida, desde o momento em que eu acordo até a hora em que eu vou dormir. Vejo o mundo por fotografias, como um filme que muitas vezes não consigo demonstrar aos outros. Os outros não entendem o meu filme. E quando tento mostrar a beleza da vida e eles não entendem isso me frusta e eu volto aqui pra dentro, porque há tanto dentro de mim! Há tanto! Ah!

E essa ansiedade que toma conta de mim.

Não queria nem pensar hoje.
Mas senti vontade de te dizer essas coisas.

Obrigada por sua amizade.

Um beijo,

De mim.






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